Uma ação de fiscalização realizada em várias "Smartshops", lojas que vendem substâncias psicoativas, resultou na detenção de uma pessoa e na apreensão de 9970 unidades de produto ilegal.
Nos últimos dois dias, foram inspecionados 40 lojas, apreendidos mais de 165 mil euros em produtos, uma pessoa foi detida, foi ainda instaurado um processo-crime e 26 processos de contra ordenação.
Desde o final do ano passado, mais de uma centena de estabelecimentos foram inspecionados pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), pela Direção-geral de Saúde (DGS) e pelo serviço que substituiu o antigo Instituto da Droga, o Serviço de Intervenção nos Comportamento Aditivos e nas Dependências (SICAD).
Os produtos apreendidos são identificados como fertilizantes, incensos e suplementos alimentares.
O diretor-geral do SICAD, João Goulão, afirma em comunicado que as "Smartshops" pelo facto de se tratarem de lojas de porta aberta transmitem aos consumidores uma falsa sensação de segurança, mas o que é certo é que o consumo destas substâncias já levou a situações graves, a nível da saúde mental e física.
No último mês surgiu também a notícia da morte de quatro jovens no arquipélago da Madeira, depois de terem consumido as chamadas "drogas legais".
João Goulão lembra que os procedimentos para tornar ilegal estas novas substancias psicoactivas são demasiado morosos. Entre os estados membros da União Europeia existem mecanismos de alerta e deteção das novas drogas, mas em matéria de legislação, ainda nenhum país conseguiu ainda ter uma lei eficaz.
Em Portugal,o Governo criou um grupo de trabalho para estudar e e propor regulamentação sobre tipo de drogas.