Três associações de militares organizam esta tarde uma concentração junto à Praça do Município, em Lisboa, em protesto contra os corte anunciados pelo Governo.
O presidente da Associação Nacional de Sargentos, em declarações à TSF, diz esperar uma grande concentração esta tarde, em Lisboa.
Lima Coelho adianta que tem recebido mensagens nesse sentido e que não chegam apenas de militares. Acredita, por isso, que a sociedade está solidária, percebeu que este não é um protesto «para olhar para o prórprio umbigo» e vai juntar-se aos militares nas ruas de Lisboa.
«É ter bem presente a necessidade de defender o bem geral, os cidadãos em geral, a Democracia e os valores da Constituição», sublinhou.
Lima Coelho reconhece que a sociedade portuguesa não está acostumada a ver os militares na rua em protesto, mas argumenta que, mesmo não gostando, não lhes restou alternativa.
O Presidente da Associação Nacional de Sargentos espera ainda que não se faça uma leitura errada do protesto desta tarde, garantindo que não há na luta dos militares ideias revolucionárias, o que não significa que os políticos não devam estar atentos.
Lima Coelho acrescenta que a relação das Forças Armadas com o Governo não é bem uma relação porque não existe diálogo, afirmando que o ministro da Defesa tem tido dificuldade em perceber as leis e em compreender os militares. Apesar disso, ainda acredita que as duas partes podem vir a ter um bom relacionamento.
Os militares vão concentrar-se na Praça do Município, seguindo-se um desfile de protesto até à Praça dos Restauradores, em Lisboa.