O grupo Transtejo, responsável pelas ligações fluviais entre a Margem Sul e Lisboa, anunciou hoje que não vai poder garantir a normalidade das carreiras no dia da greve geral, enquanto o sindicato rejeita a existência de serviços mínimos.
«Devido à greve geral convocada para o dia 14 de novembro, o Grupo Transtejo deixa de poder garantir, em condições de normalidade, o serviço de transporte fluvial em todas as ligações. Nos termos das decisões tomadas pelo Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social (CES), foram definidos serviços mínimos», refere a empresa em comunicado.
Segundo o Tribunal Arbitral, foram definidos serviços mínimos para as ligações entre o Barreiro e o Terreiro do Paço e entre o Seixal, Cacilhas, Montijo e o Cais do Sodré no dia da greve geral.
A única ligação do grupo que não fica sujeita a serviços mínimos é a que é efetuada entre a Trafaria, Porto Brandão e Belém.
«A realização das carreiras definidas está condicionada ao cumprimento da decisão do CES por parte dos trabalhadores. Não serão disponibilizados serviços alternativos», refere a empresa.
O grupo acrescenta que, a ocorrer a paralisação das carreiras, os terminais serão encerrados por questões de segurança.
Frederico Pereira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), explicou à Lusa que discorda os serviços mínimos decretados e acredita que não vão ser cumpridos.
«É a intenção dos trabalhadores não respeitarem, pois, apesar de legal, é ilegítimo estes serviços mínimos, que não ocorreram em outras situações iguais e não percebemos porque é que foram agora decretados», disse.
O sindicalista disse ainda que a adesão à greve geral está aprovada nas duas empresas do grupo, a Transtejo e a Soflusa.
«Creio, mas é apenas a minha opinião, que os trabalhadores não vão cumprir os serviços mínimos. A greve geral está aprovada, mas cada um pensa pela sua cabeça e vai decidir o que fazer», defendeu.