Economia

Parceiros sociais dizem que recessão em 2013 será superior a 1,6%

Os parceiros sociais, que esta tarde se reúnem com a 'troika' no âmbito da sexta avaliação a Portugal, afirmam não ter dúvidas de que a recessão em Portugal no próximo ano será superior aos 1,6% hoje apontados pelo Banco de Portugal.

Em declarações aos jornalistas antes do início deste encontro com os representantes do BCE, FMI e Comissão Europeia, o secretário-geral da UGT, João Proença, considerou que [o cenário de recessão] «é difícil de prever, mas o Banco de Portugal confirma as previsões, nomeadamente da UGT» que apontam para uma recessão superior a 1,6%.

«Estas previsões confirmam que para o ano vamos ter uma crise muito maior; o Banco de Portugal vem confirmar o agravamento da crise e é interessante verificar que estas previsões [do Banco de Portugal] surgem uma semana depois das previsões da União Europeia que confirmaram as previsões do Governo, ou seja, algo vai mal quando a União Europeia e o Banco de Portugal, num prazo muito curto, dão previsões muito distintas».

Já para o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, este número - 1,6% - está muito aquém do que se prefigura para 2013.

«De acordo com os dados que temos, que partem duma análise de base feita através de dados do FMI, a recessão pode atingir os 2,5% no próximo ano, o que só confirma que o processo que está em marcha no nosso país não vai resolver nada», afirmou Arménio Carlos.

Também o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, partilha da mesma linha de pensamento apresentada pelas duas estruturas sindicais.

Apesar das previsões do Banco de Portugal serem superiores às apontadas pelo Governo, Vieira Lopes considera que este número «ainda é baixo».