O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, manifestou hoje o desejo que a greve geral de quarta-feira afete o menos possível aqueles que querem deslocar-se para o seu local de trabalho, escusando-se a comentar os serviços mínimos decretados.
«Esperamos que o dia de trabalho seja o menos afetado possível para aqueles que querem legitimamente deslocar-se para o seu posto de trabalho e aqueles que querem fazer greve também têm direito a exercê-la», afirmou Sérgio Monteiro, à margem do encontro "Transportes, Competitividade e Futuro", a decorrer em Lisboa.
Questionado sobre os serviços mínimos fixados pelo Tribunal Arbitral, nomeado pelo Conselho Económico e Social, o governante recusou-se a fazer qualquer comentário sobre a questão.
Os passageiros dos transportes públicos começam já hoje a sentir os efeitos da greve geral de quarta-feira, que deverá ter «uma adesão praticamente total», de acordo com a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans).
A CP prevê a supressão da maioria dos comboios na quarta-feira, esperando-se atrasos e supressões hoje ao final da tarde e na quinta-feira, no período da manhã.
O Metro de Lisboa paralisa hoje às 23h20 para voltar a circular às 5h30 de quinta-feira.
Já o Metro do Porto vai ter a circulação condicionada ao centro da rede e com horário restrito, mas de acordo com a empresa está assegurada a operação nos concelhos do Porto, Vila Nova de Gaia e parte de Matosinhos, correspondendo a cerca de 80 por cento da procura habitual em dia útil.
Na quarta-feira, vão circular metade das ligações habituais da Carris em 11 carreiras (703, 735, 736, 738, 742, 744, 751, 758, 759, 760, 767), de acordo com os serviços mínimos decretados.
O Tribunal Arbitral fixou o funcionamento de 10 por cento da totalidade da rede diurna e noturna como serviços mínimos da STCP para quarta-feira bem como o funcionamento das linhas adstritas à rede de madrugada 1M, 4M, 5M, 7M e 10M.
O serviço da Transtejo/Soflusa vai estar limitado aos serviços mínimos que representam cerca de 15 por cento das ligações fluviais habituais.