Um comboio vandalizado na estação do Barreiro e um grevista detido na Musgueira, em Lisboa, são dois episódios que marcam este dia de greve geral.
A TSF apurou que, até às 6:00, na linha do Sado, entre os cinco comboios que deviam ter realizado serviços mínimos apenas quatro o fizeram. Num dia normal deviam ter circulado 64 comboios.
Uma das composições foi vandalizada na estação do Barreiro, as mangueiras que alimentam os travões dos comboios foram cortadas durante a noite o que impossibilitou a circulação.
Sobre os serviços mínimos realizados pela CP em todo o país até às 08:00 (estavam previstos 55), foram realizados 40.
Na Musgueira, no centro de recolha da Carris, a polícia deteve um funcionário da empresa que insultou as autoridades.
Manuel Oliveira, do Sindicato dos Motoristas, admite que «no calor do momento, as pessoas às vezes cometem alguns excessos». O sindicalista desvaloriza o incidente e explicou à TSF que se trata de «um trabalhador que está com graves problemas económicos, a esposa não trabalha, tem dois filhos para criara e está com dificuldades em alimentar a sua família».
O secretário-geral da GCTP, Arménio Carlos, disse hoje à TSF que o Governo tem estado a tentar impedir o direito à greve por parte dos trabalhadores, ao enviar polícia de choque para junto de algumas estações de transportes públicos.