O jovem português, que está a ser julgado em Nova Iorque pelo homicídio do colunista Carlos Castro, abandonou hoje a sala do tribunal alegando estar demasiado cansado para assistir aos procedimentos, devido ao efeito de medicamentos.
O pedido de Renato Seabra foi transmitido pelo advogado de defesa David Touger ao juiz Daniel Fitzgerald, a meio do quarto dia de audição de William Barr, psicólogo chamado pela acusação de Renato Seabra, que rejeita a tese da defesa de que o jovem não teve consciência dos seus atos no crime de 7 de janeiro de 2011, devido a perturbações mentais.
David Touger pediu que Renato Seabra fosse para a cela no tribunal para descansar, voltando mais tarde caso estivesse em condições de seguir os procedimentos com atenção.
No final, David Touger disse aos jornalistas que a sonolência evidenciada pelo réu durante a sessão de hoje se deve à medicação a que está sujeito.
Sem os jurados presentes na sala, o juiz Daniel Fitzgerald acatou o pedido, mas sublinhou que prefere que o réu assista ao julgamento.
«É desejo de todos nós que esteja aqui, se puder», sublinhou o juiz.
A ausência é preferível, adiantou, sentindo-se o réu incapaz de autocontrolo perante os jurados e testemunha, nomeadamente falar alto ou ter comportamentos ostensivos.
Através de uma tradutora, Renato Seabra confirmou ter entendido e estar de acordo com o pedido do advogado.
Antes de abandonar a sala, já algemado, Renato Seabra virou-se para trás e olhou por alguns instantes para a mãe que assiste aos procedimentos na audiência e onde estava também uma irmã e uma prima da vítima.