Relatório diz que a economia que se desenvolve de forma direta à volta do mar português é pequena e vale menos de metade do que acontece noutros países europeus.
Portugal podia ser um gigante marítimo mas na prática não passa de um anão. A economia portuguesa do mar está subdesenvolvida ou, na melhor das hipóteses, em vias de desenvolvimento.
A riqueza que se desenvolve à volta do mar português vale menos de metade do que acontece noutros países europeus com costa. É muito difícil calcular os efeitos indiretos, mas os efeitos diretos rendem apenas 2% do PIB. Noutros países europeus com costa, esses números chegam aos 5% ou 6%.
Estas são algumas das conclusões do relatório sobre a economia do mar promovido pela Cotec e que será apresentado esta manhã na Conferência Mar de Negócios, uma iniciativa da TSF e CGD (em parceria com a Cotec).
O coordenador do relatório, Tiago Pitta e Cunha, gosta de comparar Portugal à Noruega. Ambos têm muito oceano pela frente mas enormes diferenças.
O relatório sublinha que quase todos falam das potencialidas maritimas, mas poucos fazem alguma coisa. Pior, nas últimas décadas destruiram-se alguns sectores como os transportes maritimos.
Entre outras medidas, os autores deste estudo pedem ao Governo que promova um choque fiscal na área dos transportes maritimos e aposte numa marca nacional que valorize o peixe português que é internacionalmente conhecido pela qualidade.