Economia

Governo «intransigente» não avança com «requisição civil», diz ministro

Álvaro Santos Pereira Global Immagens

O ministro da Economia assegura que o Governo se limitou a decretar serviços mínimos para os portos e que quer concluir a reforma do trabalho portuário.

O ministro da Economia decretou, esta quinta-feira, serviços mínimos nos portos de Lisboa e Setúbal, tendo explicado que o Governo se limitou a aplicar os termos do acordo de 26 de outubro entre operadores e sindicatos.

«Todos sabemos a importância que os portos têm para a economia nacional e para termos a manutenção de serviços mínimos para apoio à nossa economia», explicou Álvaro Santos Pereira.

Recusando que se esteja a falar de uma requisição civil, o titular da pasta da Economia frisou que o «Governo está empenhado em concluir a reforma do trabalho portuário» que será discutida na Assembleia da República no final de novembro.

«Temos um acordo com uma parte significativa dos sindicatos e dos operadores, mantemos a porta do diálogo aberta e consideramos que há condições para o diálogo continuar», acrescentou.

Contudo, o ministro da Economia assegurou que «no momento em que estamos a viver seremos intransigentes na defesa interesse nacional».

Apesar de se ter registado um aumento no movimento nacional de cargas nos portos de 2,7 por cento, Álvaro Santos Pereira assinalou que este movimento está a diminuir nos portos de Lisboa e Setúbal «de uma forma muito substancial».

«Para não sofrerem do efeito destas greves, as empresas têm transferido muitas vezes as suas encomendas para outros portos», concluiu este ministro, que diz que o porto de Lisboa diminuiu o peso relativo na movimentação geral dos portos portugueses de 18 para 12 por cento num ano.