A Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Angola assinala, esta segunda-feira, 25 anos de vida. Neste quarto de século as relações comerciais entre os dois países tornaram-se mais fortes, mas as economias dos dois países evoluíram em sentido contrário.
Em 1987 Portugal estava num dos períodos de maior desenvolvimento, muito por culpa dos fundos europeus. Angola estava em guerra e ainda não tinha ido a eleições.
O presidente da câmara de comércio dos dois países sublinha que até 2002 as relações comerciais entre Lisboa e Luanda jogavam-se num campo inclinado.
«Até 2002 foi num movimento unívoco no sentido Portugal-Angola, tanto a nível do comércio externo como do investimento», explicou Carlos Bayan Ferreira.
Foi a partir desse momento que as relações comerciais entre os dois países começaram a equilibrar-se.
Hoje Angola é um destino muito forte para as exportações portuguesas, depois de Espanha, França e Alemanha.
Angola é o quarto destino das vendas portuguesas ao exterior, mas o contrário também é verdade. Carlos Bayan Ferreira salienta que Portugal é um destino cada vez mais apetecível para o investimento angolano.
Angola exporta sobretudo petróleo. Portugal vende a Angola uma variedade de bens, com destaque para as máquinas e aparelhos, metais e produtos alimentares.
Portugal enfrenta uma das maiores crises económicas de sempre. Angola tem crescido a um ritmo de 8 por cento ao ano.