No Parlamento, os partidos da coligação e o PS pediram meças, esta tarde, sobre quem está mais preocupado com a Europa e com o orçamento comunitário para os próximos oito anos.
Num momento em que na Europa se vai discutir o orçamento comunitário para os próximos oito anos, e na véspera de Passos Coelho ir ao Parlamento debater esse tema com os deputados, PS e maioria PSD/CDS reivindicam espírito de iniciativa nas recomendações ao Governo.
Os socialistas sublinham que a maioria estava até esquecida da obrigatoriedade do debate e que foi o PS que insistiu, em conferência de líderes, para que a discussão se fizesse.
O debate foi marcado há quase duas semanas, mas só na última sexta-feira (dentro do prazo previsto) o PS apresentou uma recomendação ao Governo que queria ver votada amanhã. Ora, para tal seria necessário o acordo, até agora não garantido, da esquerda parlamentar.
O socialista António Braga deixa por isso o apelo, defendendo que «não faz muito sentido recomendar ao Governo uma atitude no Conselho depois do mesmo ter ocorrido».
«E do que se trata é justamente do Parlamento poder responder em tempo oportuno a uma recomendação que é feita na base de uma participação do PS e, evidentemente, de outros grupos parlamentares que se queiram associar ao contributos», frisou.
O PS apela mas também é alvo do apelo da maioria. PSD/CDS apresentaram um outro projeto com contributos para a negociação do orçamento europeu, apostado em mostrar que esta é uma matéria de consenso não de divergência.
«Porque se houve matéria à qual foi facultada toda a informação do que estava a ocorrer foi nesta. Há aqui uma vontade de encontrar aqui divergências quando devia haver convergência. Se o PS está verdadeiramente preocupado com o futuro do país em matéria europeia, então que aceite discutir e votar este projeto de resolução, afirmou o deputado António Rodrigues.