Esta despesa média nacional por cada estudante no ensino público entre o 5º e o 12º ano não anda muito longe daquilo que o Estado paga às escolas privadas com contrato de associação.
Um estudo, que o Governo encomendou a um grupo independente, coordenado por Pedro Roseta, e que hoje foi divulgado pelo Ministério da Educação, mostra que este ano letivo a despesa média nacional por cada estudante está muito perto daquilo que o Estado paga às escolas privadas com contrato de associação.
No entanto, é um valor inferior aos quase cinco mil euros apurados recentemente pelo Tribunal de Contas.
De acordo com o estudo, 86 mil euros por turma foi o valor conseguido depois de serem tiradas várias parcelas ao ano de referência 2009/2010. Neste ano letivo, cada turma custou 109 mil euros.
Saíram assim das contas 23 mil euros, o correspondente a um dos salários de professores (que não vai ser pago aos funcionários públicos) e a despesas com os refeitórios das escolas, que também saíram desta contabilidade.
Mas é com base nestas contas, que o secretário de Estado da Educação, João Casanova de Almeida, admite vir a negociar os contratos de associação com as escolas privadas.
Esta reorganização vai ser feita nos próximos nove meses, por isso o Governo não quer avançar a estratégia negocial que vai aplicar com as escolas particulares.
Até ao final do próximo ano, os estabelecimentos de ensino com contrato de associação vão receber por cada turma cerca de 85 mil euros, ainda assim menos mil por ano do que o valor obtido nas escolas públicas.
No entanto, o presidente da associação que representa as escolas privadas, Rodrigo Queirós e Melo, garantiu à TSF que não é possível reduzir custos.