Economia

Portugal desce três lugares no 'ranking' mundial da competitividade fiscal

Bandeira de Portugal

Portugal desceu três lugares no 'ranking' da competitividade fiscal Paying Taxes, cujo sétimo relatório foi hoje divulgado, situando-se na 77.ª posição entre 185 países analisados e prevendo-se novo recuo no próximo ano.

Segundo o relatório Paying Taxes 2013, da responsabilidade do World Bank, da International Finance Corporation e da PricewaterhouseCoopers (PwC), o estudo reporta-se à legislação fiscal em vigor em 2011, pelo que o efeito das medidas de austeridade introduzidas em 2012 e anunciadas para 2013 permite perspetivar uma "maior queda" no próximo ano.

Apesar desta queda no 'ranking', o trabalho nota que «a taxa total de imposto em Portugal tem vindo a sofrer um ligeiro recuo nos últimos anos», situando-se nos 42,6% no relatório Paying Taxes 2013, contra 43,3% na edição de 2012, e «abaixo da média das 185 jurisdições consideradas (44,7%)».

Da taxa total de tributação de 42,6% em Portugal, 14,5% respeita ao imposto sobre o lucro das empresas e 28,1% a impostos e contribuições sobre remunerações.

Das conclusões do trabalho relativas a Portugal resulta também que, «ainda que o número total de pagamentos não se tenha alterado nos últimos anos», houve uma redução de 53 horas entre o primeiro relatório, em 2007, e o atual no que respeita às horas necessárias ao cumprimento das obrigações fiscais.

Conforme explicam os autores do trabalho, «esta redução decorre fundamentalmente da introdução de meios eletrónicos de preenchimento e pagamento, em linha com a tendência geral, bem como da simplificação do processo de interação entre a administração tributária e os contribuintes».

«Aliás, Portugal está inserido nos designados 'sistemas fiscais eficientes, característicos da Europa e Ásia», destaca este estudo.

Ainda assim, o documento aponta que o tempo despendido em burocracia no cumprimento das obrigações fiscais em Portugal - 275 horas - está «acima da média das jurisdições que integram o estudo», uma situação que «decorre também das frequentes alterações à legislação fiscal, as quais obrigam a um esforço de atualização dos sistemas e originam incerteza na interpretação e cumprimento da lei fiscal».

O relatório refere ainda o «interesse demonstrado por Portugal em atrair investimento», mas alerta que «as dificuldades económicas e financeiras poderão reduzir as expectativas do que possa ser conseguido a curto prazo».

Redação