O Governo ainda não clarificou o que entende por contribuintes mais ricos, mas a partir do próximo ano o fisco vai estar particularmente atento a quem tem mais rendimentos.
O objetivo é conseguir atuar rapidamente contra indícios de fraude e evasão fiscal. Estas equipas especiais do fisco vão acompanhar e monitorizar atividade dos contribuintes com rendimento ou património elevados e os profissionais liberais.
O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais diz, em entrevista ao Diário Económico, que esta medida visa melhorar aumentar o controlo na cobrança de impostos.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos aplaude a medida e considera que ainda é possível ir mais longe.
O Correio da Manhã escreve na edição de hoje que a Autoridade Tributária abriu um concurso para contratar mais mil inspetores. Paulo Ralha teme que não seja suficiente, sublinha que os recursos humanos estão em rutura.
As duas unidades especiais da Autoridade Tributária e Aduaneira devem começar trabalhar no início do próximo ano.
O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais garante todos os meios, vão ter ao dispor recursos para o tratamento estatístico e cruzamento de dados e análise de padrões de comportamento.
Está também prevista uma avaliação do trabalho destas equipas que será feita através do apuramento da receita fiscal que estes contribuintes conseguirem ao longo dos anos.