Três vozes do CDS-PP justificaram hoje, no Parlamento, a redução de meio ponto na sobretaxa que será aplicada ao IRS, de 4 para 3,5 por cento.
Nuno Magalhães, líder parlamentar centrista, reconheceu que o CDS gostaria de ter ido mais longe no corte da sobretaxa, mas considerou as alterações foram «as possíveis», acusando o PS de não ter apresentado alternativa.
Na leitura do Partido Socialista, pela voz do deputado Eduardo Cabrita, as mudanças no IRS inscritas no orçamento demonstram que o CDS-PP «é um partido inútil», que só conseguiu uma redução de meio por cento da sobretaxa.
Já pelo lado do CDS, Adolfo Mesquita Nunes embora admita que os trabalhadores independentes não irão «agradecer por este orçamento», sublinhou o esforço para para reduzir a tributação em IRS dos trabalhadores independentes prevista inicialmente na proposta do Governo de 80 por cento e que acabou por ficar em 75 por cento.
Na bancada do governo, o secretário de estado dos Assuntos Fiscais preferiu sublinhar o caráter progressivo das alterações ao IRS incluídas no Orçamento do Estado, garantindo que «86 por cento da receita total de IRS é paga pelos dois últimos escalões das famílias com mais rendimentos».