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Ligação aérea com Trás-os-Montes suspensa por um concurso

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Um responsável da AeroVip diz ter ficado surpreendido com as informações do Governo sobre a falta de financiamento e a não concordância da UE na subvenção anual de 2,5 milhões de euros.

Os mais de dez mil passageiros anuais da carreira aérea Lisboa-Vila Real-Bragança vão ter de esperar alguns meses por um eventual regresso desta ligação que teve esta terça-feira o seu último voo.

Ouvido pela TSF, o assessor da direção da companhia aérea AeroVip disse ter ficado surpreendido com as informações do Governo sobre a falta de financiamento e a não concordância da União Europeia na subvenção anual de 2,5 milhões de euros.

«Foi-nos dito na secretaria de Estado dos Transportes que estava assegurado o financiamento, suponho que nos mesmos termos como foi assegurado até agora. Nunca nos foi falado sobre este problema com a União Europeia», explicou Carlos Amaro.

Este responsável indicou mesmo que a ANA chegou mesmo a questionar a AeroVip porque tinha sido informada pelo INAC de que o Governo iria manter esta ligação aérea durante mais quatro anos.

«Manter a linha mais quatro anos dá a entender que é nos mesmos moldes através de uma concessão, concurso internacional», acrescentou Carlos Amaro.

A cantora Dulce Pontes, uma das passageiras do último voo desta ligação aérea, radicada há alguns anos nesta região, entende que o número de utilizadores, que é superior ao do Metro de Almada, justificaria a continuação destes voos.

«Existem pessoas que precisam deste voo, nomeadamente para receber tratamentos médicos e pessoas que residem aqui e trabalham em Lisboa ou noutras áreas de Portugal. Faz muita falta», adiantou.