Um estudo da Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas revela que a diferença nos preços da água nos vários concelhos do país diminuiu, mas mantém-se elevada.
O estudo da Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas (APDA) que é apresentado esta quarta-feira, no Porto, revela que Mondim de Basto tem o preço mais baixo do país e que o mais elevado é o de Santa Maria da Feira, onde a mesma quantidade de água custa sete vezes e meia mais.
O documento revela que se os municípios dos Açores e Madeira entrarem nas contas a diferença ainda é maior. Nos arquipélagos, dez metros cúbicos de áhgua por mês chegam a custar 22 vezes menos do que no concelho mais caro do Continente.
O presidente da associação Rui Godinho admite que as diferenças têm sido encurtadas mas é preciso ir mais longe.
«Em algumas situações já estão a ser tomadas medidas para corrigir as tarifas, mas não há ainda a nível do país o que nós poderíamos chamar um processo em andamento de harmonização tarifária (...) o que não significa tarifa única», explica Rui Godinho.
O presidente da APDA diz que em muitos municípios os custos da água não são cobertos pela fatura dos consumidores e, nesses casos, o desiquilíbrio acaba por se notar nas contas das autarquias.
Outra conclusão do estudo revela que uma grande parte dos custos das autarquias com abastecimento de água (90%) acaba por não ser recuperada.
Em setembro, um outro estudo da Entidade Reguladora dos Serviços da Água e Resíduos também concluiu que existem ainda grandes diferenças nos tarifários de concelho para concelho.
No entando, segundo a entidade reguladora, na altura o município onde a água era mais cara era Paços de Ferreira e onde se pagava menos era Terra de Bouro. Mondim de Basto aparecia como o segundo concelho mais barato.