O advogado de defesa de Renato Seabra pediu, esta quarta-feira, aos jurados do caso do homicídio de Carlos Castro que o considerem não responsável pelo crime, um veredicto que significa internamento psiquiátrico «provavelmente para o resto da vida».
Na sua alegação final, que durou três horas e um quarto, o advogado David Touger reconheceu que «é difícil» os jurados chegarem a um veredicto de que Renato Seabra não é responsável pela morte de Carlos Castro devido a problemas metais, mas procurou tranquilizá-los quanto às consequências.
«Determinando que não é responsável por razão de doença ou insuficiência mental não estão a deixar o jovem português sair em liberdade de qualquer forma, não estão a po-lo na rua e provavelmente será institucionalizado para o resto da vida», disse Touger.
Com o réu novamente ausente da sala, recusando-se a comparecer às últimas sessões, Touger procurou isolar o testemunho do neuro-psiquiatra contratado pela acusação, William Barr, que considerou Seabra criminalmente responsável, contrapondo-o ao diagnóstico dos especialistas que trouxe a tribunal e que o examinaram em três hospitais diferentes.