Política

«Não podemos perpetuar este nível de fiscalidade», diz Passos Coelho

Passos Coelho Global Imagens

O primeiro-ministro afirmou, em entrevista à TVI, que o Governo não pode «perpetuar este nível de fiscalidade», defendendo que é necessário corrigir o défice, sem asfixiar a economia».

O chefe de Governo, Passos Coelho, afirmou esta noite, em entrevista à TVI, que «o ajustamento que Portugal está a fazer, todo este esforço é para permitir que o país possa respirar do lado fiscal».

«Não podemos perpetuar este nível de fiscalidade, mas não estou a dizer que não vai vigorar em 2014», salientou Passos Coelho, acrescentando que «temos que corrigir o défice, sem asfixiar a economia».

No entanto, Passos Coelho não quis comprometer-se com uma diminuição da carga fiscal até ao final desta legislatura, que termina em 2015, «porque primeiro temos de consolidar os nossos resultados».

«Seria muito fácil para mim dizer uma trivialidade, que é: eu gostaria de baixar estes impostos logo que possível, porque ninguém pode construir uma sociedade justa e progressista com o nível de carga fiscal como o que nós temos previsto para 2013», acrescentou.

«Estamos a fazer um caminho arriscado, o nível de incerteza e de risco é grande», admitiu, «mas não teríamos um risco maior se falhássemos desde já».

Neste sentido, Passos Coelho reafirmou que não vai renegociar o memorando de entendimento com a troika porque não quer estar «fora dos mercados durante mais tempo porque se isso acontecer, nós temos de pedir mais dinheiro».

«Mais dinheiro é um segundo programa [de ajustamento] porque um país que não cumpre o que está acordado, e diz que preciso de mais tempo e mais dinheiro, não terá negociará melhores condições», defendeu o primeiro-ministro dando o exemplo da Grécia e das condições que teve de negociar com um segundo programa de resgate.