A procuradora norte-americana encarregue da acusação a Renato Seabra pelo homicídio de Carlos Castro em Nova Iorque defendeu hoje, perante os jurados do caso, que o jovem matou «por raiva» e que «pensou claramente» na fuga.
Na sua alegação final, que foi interrompida ao fim de uma hora e será retomada na quinta-feira, a procuradora Maxine Rosenthal disse ser «fabricada e ridícula» a tese da defesa de que Seabra estivesse em delírio durante o crime, contrapondo que existe um motivo para o crime que «não podia ser mais claro».
«Porque matou Carlos Castro? Porque o dinheiro, as prendas, as viagens, a cultura, a fama, estava tudo a desaparecer num instante», defendeu Rosenthal.
«O motivo foi raiva, frustração, vergonha de ir para casa e ter de ir para casa enfrentar amigos e família», depois de ter mantido uma relação homossexual com a vítima, que o rejeitou antes do crime, disse.
«Talvez esta raiva tenha sido uma reação excessiva, mas não foi um delírio», adiantou a procuradora.