O Sindicato dos Maquinistas justifica o prolongamento desta greve com o impasse criado nas negociações com a CP e com a secretaria de Estado dos Transportes.
O Sindicato dos Maquinistas decidiu prolongar até 2 de janeiro a greve às horas extraordinárias, ferias e dias de descanso, o que poderá significar a não existência de comboios no natal e no ano novo.
De acordo com o presidente deste sindicato, o arrastamento desta greve que começou em junho está ligado ao impasse criado nas negociações com a CP e com a secretaria de Estado dos Transportes.
Em declarações à TSF, António Medeiros explicou que não há outra alternativa ao prolongamento da greve «mantendo-se esta administração incapaz de gerir o caminho de ferro e de resolver o conflito laboral e a secretaria de Estado dos Transportes não tomando nenhuma medida para resolver o conflito laboral respeitando os acordos com os maquinistas».
Este sindicalista frisou ainda que os maquinistas e os revisores não estão disponíveis para trabalhar sem pagamento e não aceitam a anulação do contrato coletivo.
António Medeiros acusou ainda a administração de «não cumprir acordos e não pagar o que deve aos maquinistas, criando uma pressão permanente sobre os maquinistas para trabalhar em dia extraordinária e em dia de folga e nos feriados».
O presidente do Sindicato dos Maquinistas lembrou que ainda os feriados «são pagos a zero» e que para além de todas as medidas que têm sido tomadas pelo Governo, os maquinistas são obrigados a «trabalho forçado designadamente nos dias feriados».