O «maior presépio do mundo em movimento» já recebeu 50.000 visitantes em S. Paio de Oleiros, concelho da Feira, onde em 2.000 metros quadrados reúne cerca de 7000 peças montadas por mais de 30 voluntários.
O projeto combina elementos religiosos com adereços kitsch e nasceu há oito anos por iniciativa pessoal de Manuel Jacinto, que, sendo o diretor da Cavalinho, marca de malas, calçado e marroquinaria, garante que "o presépio há de continuar a ser sempre de visita gratuita" enquanto ele "puder e houver quem ajude" - no que se refere ao apoio de outras empresas e aos voluntários que, embora na maioria dos casos não tenham ligação profissional à Cavalinho, chegam a dedicar ao presépio 16 horas diárias nos períodos de maior afluência.
A estrutura, equipada com sensores de movimento, para as peças entrarem em funcionamento só quando há visitantes no recinto, começou a ser decorada em maio para que em novembro e dezembro não se verificassem percalços nas diferentes salas do percurso - seja a do Menino na manjedoura e a da aparição aos três pastorinhos, seja aquela onde Alberto João Jardim dança o bailinho da Madeira com Cavaco Silva, ou outra onde Amália canta o fado enquanto Eanes e Cunhal jogam cartas.
A mecânica dessas peças em tamanho real é da responsabilidade do metalúrgico Jorge Moreira, que o diretor da Cavalinho descobriu noutra empresa e descreve agora como «o engenheiro» de serviço no presépio.