Familiares e amigos de Oscar Niemeyer participaram hoje de manhã numa pequena missa celebrada na capela do Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, onde o arquiteto morreu na quarta-feira à noite.
Muito emocionada, a viúva do arquiteto, Vera Lúcia, disse ter perdido «a pessoa que mais gostava no mundo, um amigo».
A neta, Ana Lúcia Niemeyer, disse que a família chocada, uma vez que até à semana passada o arquiteto ainda estava lúcido e falava-se em transferir o doente para um quarto.
«Mais do que a arquitetura, tem o trabalho que ele fez em favor da democracia e da justiça social. Acho isso tão importante quanto a obra arquitetónica», destacou.
A neta avançou que a família vai manter vivo o trabalho do arquiteto, com a manutenção da Fundação Niemeyer.
A única filha do arquiteto, Anna Maria Niemeyer, morreu este ano, aos 82 anos.
O corpo do arquiteto vai ser transportado em cortejo fúnebre até o aeroporto Santos Dumont, de onde parte para Brasília.
O velório será realizado no Palácio do Planalto, por sugestão da presidente do Brasil, Dilma Rousseff.
No final do dia, o corpo, que foi embalsamado esta madrugada, deverá regressar ao Rio de Janeiro. Na sexta-feira, realiza-se um velório no Palácio da Cidade, uma das sedes da prefeitura, em Botafogo.
O enterro será na sexta-feira no cemitério São João Batista, em Botafogo, no Rio de Janeiro.