As alegações finais do julgamento dos crimes sexuais de Elvas, alegadamente cometidos contra ex-alunos da Casa Pia, foram adiadas para 03 de janeiro, depois de o tribunal ter deferido pedido do arguido Carlos Cruz para inquirir o ex-motorista Carlos Silvino.
O coletivo de juízes da 8.ª Vara do Tribunal Criminal de Lisboa marcara para hoje as alegações finais, mas requerimento do advogado de Carlos Cruz, Ricardo Sá Fernandes, a pedir visionamento de vídeo com entrevistas concedidas por Carlos Silvino, obrigou à marcação de nova data.
A parte da manhã de 03 de janeiro será ocupada com a inquirição ao ex-funcionário da Casa Pia. Depois serão produzidas as alegações finais, com a mandatária do Hugo Marçal, Sónia Cristóvão, a prescindir do exercício de alegar caso a audiência se prolongue até início da noite.
Os crimes de Elvas estão a ser julgados de novo, depois de o Tribunal da Relação de Lisboa ter decretado a nulidade do acórdão na parte respeitante aos abusos cometidos na casa alentejana.
Em fevereiro, a Relação de Lisboa remeteu para a primeira instância a matéria relativa aos crimes cometidos em Elvas, que envolve os arguidos do processo Casa Pia Carlos Silvino, Hugo Marçal, Carlos Cruz e Gertrudes Nunes.
Sobre as suas anteriores declarações, que contrariam as de hoje, o arguido disse que lhe foram «instruídas» por inspetores da Polícia Judiciária, que também lhe forneceram uma lista dos nomes de outros arguidos no processo, para que dissesse que os tinha transportado.