Todas as ligações fluviais entre Lisboa e a Margem Sul devem parar na tarde de terça-feira devido a plenários dos trabalhadores das duas empresas do Grupo Transtejo, a Soflusa e a Transtejo.
António Almeida, do Sindicato dos Fluviais, disse à Lusa que os trabalhadores vão realizar dois plenários distintos para analisar a situação das duas empresas.
«Na Soflusa vamos fazer um balanço da última greve parcial de três dias [realizada na semana passada] e discutir as medidas futuras a tomar, uma vez que ainda não existiu nenhum contacto da administração», afirmou.
A administração do Grupo Transtejo e os sindicatos não chegaram a um entendimento sobre a revisão do acordo de empresa, em especial sobre a integração de alguns subsídios no vencimento, o que motivou a greve no início do mês.
No caso da Transtejo, António Almeida explicou que vão ser transmitidas aos trabalhadores as conclusões de uma reunião entre a empresa e os sindicatos que decorre na manhã de terça-feira e em que os sindicatos também vão defender a integração de subsídios no vencimento base.
«Vamos transmitir os resultados da reunião aos trabalhadores. Na Transtejo fizemos o esforço de apresentar uma proposta conjunta dos sindicatos, mas a empresa não apresentou a sua contraproposta, pediu foi mais esforços, como uma redução na representação sindical que não se percebe», referiu.
O sindicalista assegurou que os trabalhadores estão unidos e deixou críticas à atual administração.
«Esta administração não resolve os problemas, só delibera. Nunca foi capaz de resolver os problemas de fundo do grupo», afirmou.
A Lusa contactou o Grupo Transtejo, que informou desconhecer o motivo dos plenários.