Na reunião do Conselho Nacional do CDS, um grupo de conselheiros do partido, liderado por Filipe Anacoreta Correia, apresentou uma moção para renovação do compromisso com o PSD.
Chegou a falar-se da hipótese de moção de censura ao líder, mas afinal o que está em cima da mesa é uma espécie de votos na coligação governativa.
«Todas as alianças (...) podem acabar mas é importante, nesta altura conturbada da vida da coligação e da vida do país, perceber se o partido continua com esse propósito ou se pelo contrário está numa atitude mais calculista», referiu Anacoreta Correia.
O conselheiro nacional do CDS-PP não acusa a liderança de Paulo Portas de calculismo, mas fala na necessidade de separação de águas.
«Não é uma moção de censura é uma moção de renovação de confiança da parte do CDS em relação aquilo que foi o seu projeto que viu aprovado no âmbito da coligação», esclareceu.
É importante passar uma mensagem de tranquilidade e não estar uns dias com o pé dentro do Governo e outros com o pé fora.
«O doutor Paulo Portas tem tido o partido com ele e é importante também que o partido transmita ao Governo uma mensagem de estabilidade no seu propósito firme de cumprir com este projeto e de transmitir ao país uma grande serenidade e uma liderança firme e muito determinada», declarou Anacoreta Correia.
A moção, apresentada esta noite, será votada no final da reunião do Conselho Nacional do CDS.