A Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) pediu hoje à Newshold, enquanto acionista de referência da Cofina, que divulgue publicamente quais são os seus acionistas diretos e indiretos, disse à agência Lusa fonte oficial do regulador.
«Solicitámos à Newshold enquanto acionista de referência da Cofina que divulgasse quem são os seus acionistas diretos e indiretos», disse fonte oficial da CMVM.
O pedido da CMVM feito hoje surge no seguimento do comunicado da Newshold, que anunciou «ter disponibilidade e meios» para avançar para uma eventual privatização da RTP, caso o modelo proposto pelo Governo se revele «um negócio interessante».
Na hipótese de a solução a definir pelo Governo português para a privatização ou concessão da RTP se revelar um negócio interessante para as partes, a Newshold tem disponibilidade e meios para, isoladamente ou em parceria, apresentar uma candidatura séria com vista a assegurar e garantir a implementação de um projeto verdadeiramente sólido e independente para a RTP», disse num comunicado, enviado quinta-feira à Lusa o conselho de administração da Newshold.
O texto, longo e com diversos pontos, é crítico para com os «órgãos de comunicação social, jornalistas e comentadores» em Portugal que, diz a administração, caracterizam a Newshold «como uma empresa 'misteriosa' sobre a qual pouco ou nada se sabe».
O grupo esclarece aquilo que diz ser uma «falsidade», respeitante à propriedade da empresa.
«Convém esclarecer que todos os acionistas da Newshold, não obstante terem nacionalidade angolana, são também cidadãos de nacionalidade portuguesa, possuindo dupla nacionalidade», aponta a nota da administração da empresa.