As detenções aconteceram em Moscovo e São Petersburgo. Entre os detidos, encontram-se líderes de vários grupos da oposição.
Os liberais Ília Iachin, Ksénia Sobtchak e Alexei Navalni; Serguei Udaltsov, dirigente da Frente Vermelha, e o líder nacionalista Dmitri Diomuchkin estão entre os detidos da polícia russa que justificou as detenções com o facto de eles terem «intenções criminosas», ou seja, de «tencionarem organizar uma manifestação ilegal».
O Comité Coordenador da oposição extraparlamentar convocou uma "Marcha da Liberdade", para protestar contra a alegada violação da Constituição, mas as autoridades de Moscovo proibiram o desfile, considerando que ele «dificulta o trânsito na capital».
Os dirigentes da oposição dividiram-se na atitude a tomar face à decisão das autoridades. Uns apelaram à não participação na manifestação, enquanto outros deixaram ao critério dos cidadãos.
Em Moscovo, a polícia refere que 700 pessoas protestaram, «300 das quais eram jornalistas e bloggers». Porém, a oposição fala em cerca de cinco mil manifestantes.
A oposição manifestou-se também noutras cidades russas. Em São Petersburgo, a polícia contou cerca de 500 pessoas e anunciou que foram feitas 26 detenções.
As organizações não governamentais de defesa dos direitos humanos já condenaram as ações da polícia. «Não havia razão para as detenções. As pessoas simplesmente passeavam na praça, cada um tem o direito a fazer isso», declarou aos jornalistas Liudmila Alekseevna, líder da organização Grupo de Helsínquia.