Vida

Cantinas escolares voltam a abrir portas para os mais carenciados

Cantina escolar Global Imagens

Nas férias de Natal são muitos os alunos que regressam à escola, mas sem a companhia dos livros. De Norte a Sul são várias as cantinas que voltam a abrir portas para ajudar os mais carenciados.

Em Faro, a diretora e professora da escola básica do Carmo, Elsa Vilhena, já fez as contas e o número não mente. Em relação ao ano passado, o pedido para fornecimento de refeições nas férias do Natal aumentou e muito.

«Nota-se um aumento de quase o dobro de alunos tanto a nível desta escola (...), como de outras. Falei com responsáveis pelas cantinas e falam em 90 alunos, o que [também] é cerca do dobro», revelou Elsa Vilhena.

A diretora tem notado também que há mais crianças a frequentarem a cantina este ano letivo porque são também mais os alunos que não podem pagar as refeições.

«Há mais alunos que, por vários motivos, não tendo recebido o subsídio (...) têm dificuldades em pagar os almoços porque a situação familiar mudou», admitiu Elsa Vilhena, acrescentando que é a própria escola que depois, «caso os pais queiram», envia «o pedido à Câmara e esses alunos (...) acabam por ter o serviço de refeições gratuito».

As carências alimentares nas famílias também saltam à vista, acrescenta a diretora. «Há alunos que não dizem diretamente, mas que depois numa conversa com um colega ou uma professora, nós conseguimos perceber que há dificuldades», afirmou.

O almoço, e no tempo de aulas também o lanche, por um preço simbólico de 35 cêntimos para quem pode pagar, grátis para quem não pode, é fornecido pela Câmara Municipal de Faro.