Após um encontro com dirigentes socialistas, este coordenador do Bloco de Esquerda insistiu na ideia de que a Esquerda se tem de entender numa «política oposta» à «que está no memorando».
A direção do Bloco de Esquerda considerou que o diálogo mantido, esta segunda-feira, com dirigentes socialistas foi produtivo e interessante, contudo, as diferenças entre os dois partidos não foram anuladas.
Após uma reunião entre dirigentes bloquistas que foram recebidos na sede do PS pelo secretário-geral António José Seguro e pelo líder parlamentar Carlos Zorrinho, João Semedo notou o apego socialista ao memorando com a troika.
«É no cumprimento de uma política exatamente oposta da que está no memorando que a Esquerda se tem de entender», afirmou este coordenador do Bloco de Esquerda.
Segundo João Semedo, o «Bloco de Esquerda está muito empenhado na construção de uma maioria social e política que abra caminho e espaço para um governo de Esquerda».
«Achamos que essa é a exigência que os portugueses fazem à Esquerda e essa é a responsabilidade que a Esquerda tem neste momento. A Esquerda não deve esperar. O diálogo aproxima as posições, não anula todas as diferenças, mas aproxima», explicou.
Este dirigente do Bloco de Esquerda adiantou ainda que a reunião de uma hora tida com o PS foi mais um passo para o processo que a criação de um governo de Esquerda.
Para se chegar a este objetivo, é preciso que «este Governo seja demitido, exige que haja eleições e depois das eleições que se façam as contas e se encontre essa maioria social e política para um governo de Esquerda».
Após este encontro, também nada ficou assente a nível autárquico, onde apesar de convergências de pontos de vista não chegou a nada de concreto, nem sequer no Porto, onde o PS admite alianças à Esquerda.
Os bloquistas fecham uma ronda de encontros que começou com reuniões com a UGT e CGTP com um encontro com dirigente comunistas.