A Federação dos Sindicatos do Setor dos Transportes, afeta à CGTP, vai alertar esta sexta-feira para o que classifica de quadro negro dos motoristas dos transportes internacionais.
A FECTRANS afirma que é cada vez mais precária e aflita a situação dos motoristas de transportes internacionais que passam várias semanas na estrada sem que as empresas os ajudem nas despesas.
Em declarações à TSF, Vítor Pereira afirma que «os motoristas estão a ser vítimas da situação do país e das empresas».
A situação mais grave acontece no setor internacional. O dirigente da FECTRANS denuncia que há «motoristas que saem para o estrangeiro para estarem no prazo de uma semana e chegam a estar três semanas sem que as entidades patronais forneçam dinheiro suficiente para as despesas com a alimentação, entre outras. Isto leva a que muitas vezes os trabalhadores estejam mal alimentados e a que tenham de recorrer à solidariedade de outros para não passarem fome», denuncia.
A FECTRANS vai denunciar esta sexta-feira à tarde, em conferência de imprensa, vários casos concretos e apresentar medidas para evitar mais situações.
Do lado dos empresários, Artur Mota, presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) admite que os casos denunciados pela FECTRANS existem mas sublinha que são apenas pontuais.
«Há algumas empresas que não têm condições para operar no mercado (...) e os motoristas é que pagam pelas más gestões. São situações pontuais e extraordinárias que oxalá não se tornem normais e regulares», afima Artur Mota.