O presidente do Colégio de Cirurgia Geral da Ordem dos Médicos diz que as declarações do presidente do Conselho de Administração do Hospital de São João são inaceitáveis.
Em causa estão as declarações de António Ferreira, no início da semana, quando afirmou que 30 cirurgiões do Hospital de São João do Porto nunca entraram no bloco operatório e sublinhou que o absentismo no hospital ultrapassa os 11 por cento.
Em comunicado, o Colégio de Cirurgia Geral da Ordem dos Médicos (OM) exige esta sexta-feira a demissão do presidente do Conselho de Administração do Hospital de São João.
Em declarações à TSF, Pedro Coito, presidente do Colégio de Cirurgia Geral, diz que as declarações de António Ferreira são inaceitáveis e indignaram toda a classe médica. Para Pedro Coito, António Ferreira já devia ter apresentado a demissão.
O presidente do Colégio de Cirurgia Geral da Ordem dos Médicos defende ainda que deve ser aberto um inquérito para apurar se de facto existem cirurgiões que nunca foram ao bloco operatório, caso contrário é toda a classe médica que está em causa.
Na segunda-feira, o bastonário da Ordem dos Médicos confessava dificuldade em entender as declarações do presidente da administração do Hospital de São João. À TSF, José Manuel Silva sublinhava que aquele responsável estava a ser simplista quando se limitou a dividir o número de cirurgias pelo número de cirurgiões.