Portugal

SEF: 24 dos 31 diretores despromovidos

No espaço de um mês 24 dos 31 dirigentes do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) foram substituídos. Apenas quatro foram reconduzidos nos cargos.

O Diário de Notícias diz que se trata de uma reorganização na hierarquia do SEF sem precedentes.

No início do mês, na tomada de posse do diretor Nacional, Manuel Palos, o ministro da Administração Interna anunciou que o momento devia representar um «virar de página» no serviço de estrangeiros.

O recado não foi ignorado por Manuel Palos, uma escolha do Governo socialista para dirigir o SEF e que foi reconduzido no cargo por Miguel Macedo.

Uma fonte próxima do gabinete do diretor geral, citada pelo Diário de Notícias, diz que era preciso acabar com a «cristalização» em alguns lugares de topo. Alguns dirigentes estavam nos cargos há quatro anos e a maior parte há sete anos. O objetivo foi reorganizar os serviços e ao mesmo tempo introduzir «sangue novo».

Segundo o DN o processo de substituição não foi totalmente pacífico e não foram apresentados motivos para a mudança. Elementos do SEF, citados pelo jornal, sob anonimato dizem que a qualidade do trabalho prestado não foi avaliada e que estar há muito tempo «num cargo não pode ser visto, por si só, como um defeito».

A reorganização começou pelo topo, saíram os três anteriores diretores nacionais adjuntos do SEF. Um saiu porque o lugar foi extinto, os outros dois deixaram de trabalhar na sede do SEF. Tiveram como destinos, num caso o sistema de segurança interna e noutro o lugar de oficial de ligação em Brasília.

Em declaração ao DN o sindicato que representa os funcionários do SEF admite que numa primeira fase as substituições causaram apreensão, mas que agora estão a reagir bem e a adaptar-se. O sindicato acredita que a reorganização pode ser benéfica para o SEF.

Redação