O Estado pode poupar 400 milhões de euros por ano se comprar os contratos das sete ex-Scuts . A sugestão é do observatório das Parceiras Público Privadas (PPP) da Universidade Católica.
A solução passa por comprar os contratos das sete Parcerias Público Privadas correspondentes às antigas autoestradas sem custos para o utilizador, evitando assim o pagamento anual das taxas de rentabilidade das concessionárias que varia entre os 10 e os 16 por cento, ou seja, o equivalente a 800 milhões de euros.
A notícia está nas páginas do Jornal de Negócios.
A compra dos sete contratos que valem 3500 milhões de euros seria financiada por inteiro através de dívida pública, paga a uma taxa de 5 ou 6 por cento, ou seja, 300 a 400 milhões
É na diferença entre estes dois valores, os 5 ou 6 % a pagar pela dívida necessária para fazer o negócio e os 10 a 16 por cento entregue aos privados que o Estado pode poupar cerca de 400 milhões de euros com o impacto no défice a ser ainda maior, na ordem dos 600 milhões por ano.
Os números constam também de uma apresentação feita pelo observatório para a OCDE, onde se diz que a operação teria também algumas desvantagens, o financiamento da operação precisaria do aval da "troika".
Esta compra dos contratos aumentaria o rácio de dívida pública em dois pontos percentuais do PIB, mas os responsáveis pelo estudo dizem que na verdade este aumento é inferior ao aumento real que existe no modelo atual, que seria de 9 pontos percentuais, que hoje não serão contabilizados nas previsões de evolução da dívida do país.