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Mil e 500 desertores norte-coreanos para a Coreia do Sul em 2012

Soldados sul-coreanos patrulham fronteira entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul Reuters/Lee Hae-Yong/Yonhap

É a primeira vez em seis anos que o número de desertores que foge da Coreia do Norte para a Coreia do Sul cai para menos de dois mil, de acordo com dados oficiais sul-coreanos.

Um total de 1.508 norte-coreanos fugiu para a Coreia do Sul em 2012. Segundo os dados do Ministério da Unificação sul-coreano, 2.706 norte-coreanos desertaram para a Coreia do Sul em 2011, mais 1.198 do que em 2012, situação justificada com o reforço da segurança nas fronteiras norte-coreanas no último ano.

Em 2012, o número de desertores norte-coreanos a chegar à Coreia do Sul ficou-se abaixo dos 2.000 pela primeira vez desde 2006 e representa uma queda significativa face ao recorde de 2.929 desertores registados em 2009.

Dezembro foi o mês de 2012 que registou o maior número de norte-coreanos a desertar para o sul, num total de 215, enquanto que em fevereiro foi registado o número mais baixo, de apenas 84, segundo os dados do Governo sul-coreano.

O Ministério da Unificação de Seul considera não ser provável um aumento do fluxo de refugiados da Coreia do Norte num futuro próximo, já que atualmente o número de norte-coreanos que se encontram na China e noutros países a aguardar a conclusão da sua deserção para a Coreia do Sul é relativamente baixo.

Cruzar o rio Yalu, que separa a Coreia do Norte da China, é o primeiro passo para a maioria dos norte-coreanos fugirem da fome ou da repressão no seu país em busca de uma vida melhor no sul, que os reconhece como refugiados e os ajuda a integrarem-se na sociedade, com ajuda financeira e formação.

A China persegue os fugitivos norte-coreanos, que necessitam de percorrer milhares de quilómetros, normalmente através da ajuda de máfias, até conseguirem chegar a um terceiro país, como a Tailândia, onde poderão solicitar asilo da Coreia do Sul.

Na Coreia do Sul residem atualmente 24.613 desertores norte-coreanos, segundo os dados oficiais hoje divulgados pelo Governo sul-coreano.

Redação