O PCP e o Bloco de Esquerda apresentam hoje no Parlamento um projeto para o crescimento imediato do salário mínimo para os 515 euros. Os dois partidos justificaram o aumento no Fórum TSF.
O PCP e o Bloco de Esquerda (BE) defendem que é urgente um aumento do salário mínimo nacional e apresentam uma proposta a dois tempos: um crescimento imediato dos 485 para os 515 euros e uma subida para os 545 euros a partir de julho.
Nesta altura, Portugal tem o valor mais baixo da Zona Euro. O salário mínimo nacional está nos 485 euros mas com os descontos fica pelos 432 euros, ou seja, dois euros abaixo do limiar da pobreza.
Jorge Machado, deputado do PCP, afirmou no Fórum TSF que não aceita o argumento de que as empresas não aguentam este aumento.
«As empresas não crescem e não vão resolver o seu problema de tesouraria se não venderem. E nós temos hoje um problema grave de consumo, de ausência da capacidade por parte da maioria», sublinhou Jorge Machado.
Também no Fórum TSF, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, sustentou que um crescimento do salário mínimo nacional é fundamental para a economia e o crescimento económico.
«O facto das pessoas não terem capacidade para consumir sequer os bens essenciais está a matar a economia. As empresas encerram porque não há consumo e, portanto, aumentar o salário mínimo nacional é também uma forma de reagir à crise económica», sublinhou.
A discussão deste projeto de resolução do PCP e do BE vai acontecer no Parlamento, ao início da tarde.