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Líbano pede reunião urgente com Liga Árabe para debater ajuda a refugiados sírios

O ministro das Relações Exteriores do Líbano, Adnan Mansur, pediu à Liga Árabe uma reunião urgente para debater a ajuda aos refugiados sírios no Líbano numa carta cujo conteúdo foi difundido hoje, noticia a agência EFE.

A missiva foi enviada por Adnan Mansur ao secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Arabi, na qual o diplomata libanês informou que o Líbano pretende manter um encontro com dirigentes daquela liga na sede do organismo.

Fontes da Liga Árabe garantiram que o dirigente máximo da organização se comprometeu a manter os contactos necessários com os ministros dos Assuntos Exteriores dos países-membros da organização para que a reunião se possa realizar nos próximos dias.

Esta semana, o governo libanês solicitou uma verba de 180 milhões de dólares (perto de 138 milhões de euros) aos países doadores para poder acudir aos refugiados sírios.

De acordo com as últimas informações do alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), o número de refugiados sírios no Líbano cifra-se em 180.105, dos quais a maioria reside no norte do país e no vale oriental de Bekaa.

De acordo com a edição de hoje do diário libanês L"Orient-Le Jour, as escolas públicas libanesas acolhem 30.000 alunos sírios, o que representa dez por cento dos estudantes.

Citando fontes ministeriais do Líbano, o mesmo jornal acrescenta que 620 mulheres sírias deram à luz em hospitais daquele país desde o início dos tumultos em território sírio, em março de 2011.

Entretanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Ali Akbar Salehi, desloca-se no dia 09 de janeiro, ao Cairo (Egito), para uma visita de dois dias destinada a debater a crise síria e as relações bilaterais, noticiou hoje a agência Isna.

Ali Akbar Salehi irá encontrar-se com o seu homólogo egípcio Mohamed Kamel Amr, com o presidente islamita Mohamed Morsi e o emissário da ONU e da Liga Árabe para a Síria Lakhdar Brahimi, acrescentou a ISNA citando o chefe da secção de interesses iranianos no Cairo, Mojtaba Amani.

A ISNA não precisou, porém, se esta reunião foi organizada bilateralmente ou através de um "grupo de contacto" sobre a Síria envolvendo o Egito, Irão, a Turquia e Arábia Saudita.

Contudo, referiu que esta visita se inscreve numa digressão africana que levará também o chefe da diplomacia iraniana ao Benim, Gana e Burkina-Fasso.

Em setembro último, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão já se tinha deslocado ao Cairo para uma reunião do "grupo de contacto" sobre a Síria.

O Irão rompeu relações com o Egito em 1980, pouco depois da revolução islâmica, em protesto contra a conclusão dos acordos dos países israelo-palestinianos em 1979 assinados pelo então presidente egípcio Anouar al-Sadat.