Sobre a fiscalização sucessiva do OE pedida por Cavaco, Marcelo diz não perceber porque este não teve dúvidas sobre o corte de dois subsídios há um ano e agora as tem no corte de um.
Marcelo Rebelo de Sousa entende que o Presidente da República foi incongruente no seu pedido de fiscalização sucessiva ao Orçamento de Estado que enviou para o Tribunal Constitucional.
Este conselheiro de Estado lembrou que Cavaco Silva considerou normal o corte de dois subsídios para desta vez enviar para o Tribunal Constitucional a norma sobre a suspensão dos subsídios de férias para a Função Pública e pensionistas.
«No ano passado, não se chocou quando aquilo que foi cortado foi muito mais. Como é que há um ano não era inconstitucional cortar dois subsídios e agora é inconstitucional cortar um», acrescentou Marcelo, no seu comentário semanal na TVI.
O comentador, que defendeu que Cavaco deverá ter pedido urgência no documento que enviou para o Tribunal Constitucional, questionou-se ainda sobre a razão porque « o mais não suscitou dúvidas» há ano e agora o «menos suscita».