Pelo menos oito rebeldes islamitas foram mortos e outros quatro feridos, na noite de segunda para terça-feira, por mísseis disparados de aviões não tripulados norte-americanos numa zona tribal no noroeste do Paquistão.
Os mísseis atingiram duas bases de insurretos nas vilas de Haider Khel e de Hasookhel, a cerca de 25 quilómetros a leste de Miranshah, capital do Waziristão do Norte, na zona tribal na fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão, principal santuário da Al-Qaeda no mundo e zona de apoio dos talibãs paquistaneses e afegãos.
«Drones norte-americanos dispararam mísseis contra duas bases de rebeldes. Pelo menos oito foram mortos», indicou à agência noticiosa France Presse um responsável do setor de segurança em Miranshah, que requereu o anonimato.
A identidade das vítimas não foi divulgada ainda.
Na semana passada, o mullah Nazir, um influente chefe de guerra paquistanês, cujos seguidores combatem as forças da NATO na Afeganistão, foi morto na sequência de uma série de tiros por drones, que fizeram uma dezena de mortos.
Nazir foi um dos chefes combatentes mais importantes morto nos últimos anos por tiros dos drones norte-americanos.
Nos últimos anos, o governo dos EUA fez dos tiros de drones um dos principais instrumentos da sua estratégia militar mundial. Sob o governo de Obama, os ataques destes aviões, sem piloto, da CIA, contra os talibãs e grupos ligados à Al-Qaeda intensificaram-se no noroeste do Paquistão.
O governo de Islamabade condena publicamente os ataques dos drones, por os considerar um atentado à sua soberania territorial.
A organização Reprieve estima em 900 o número de civis mortos desde 2004 por estes ataques, que terão feito entre 2.621 e 3.442 mortos durante este intervalo de tempo.