O presidente da Câmara e da concelhia do PSD de Gaia, Luís Filipe Menezes, assinalou hoje que a decisão de Marco António Costa não teve «qualquer interferência» do primeiro-ministro, sendo da «exclusiva responsabilidade» do secretário de Estado.
«É uma decisão respeitável, compreensível mas da exclusiva responsabilidade de Marco António Costa», afirmou Menezes à Lusa.
O autarca quis ainda «clarificar» o comunicado enviado pela concelhia do PSD/Gaia, à qual preside, salientando que «não há qualquer interferência», nomeadamente «do primeiro-ministro» ou dele próprio.
Luís Filipe Menezes referiu ainda que, enquanto líder da concelhia, terá de encontrar um candidato do PSD à Câmara de Gaia, algo que, garantiu, fará «até ao final do mês».
Entretanto, e já na próxima segunda-feira, a concelhia irá votar o perfil do candidato, desvalorizado por Menezes, para quem "o perfil é zero".
O secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social, Marco António Costa, explicou hoje ter optado por não se candidatar à câmara de Gaia para acolher as «preocupações manifestadas pelo senhor primeiro-ministro».
Após o anúncio feito pela concelhia do PSD/Gaia de que Marco António Costa irá manter-se em funções governativas, o atual secretário de Estado da Solidariedade Social salientou ter «subjugado» a sua «vontade pessoal ao sentido de responsabilidade nacional que se impõe no presente momento».
A decisão surgiu depois de uma reunião, em Lisboa, entre o presidente do PSD/Gaia (Luís Filipe Menezes), Marco António Costa e o vice-presidente do PSD Jorge Moreira da Silva que contou com a presença de Pedro Passos Coelho.