A pró-reitora da Universidade de Lisboa não percebe como o FMI defende a subida das propinas no Ensino Superior quando a «cobrança de propinas representa já um valor muito mais elevado do que a média da Europa».
A pró-reitora da Universidade de Lisboa entende que o relatório do FMI tem erros no que diz respeito ao Ensino Superior que poderiam ter sido feitos por um fraco aluno principiante de economia.
Para Luísa Cerdeira, este relatório que tem apenas dois parágrafos sobre Ensino Superior só pode ser considerado como «mal feito» e até como «indigente».
Segundo esta responsável da Universidade de Lisboa, este documento defende apenas que as propinas devem «subir substancialmente» quando a participantes das famílias e estudantes portugueses são dos mais altos da Europa.
«O nível das receitas próprias geradas pela cobrança de propinas representa já um valor muito mais elevado do que a média da Europa», acrescentou Luísa Cerdeira, que entende que o relatório do FMI não está fundamentado neste aspeto.
Luísa Cerdeira entende que ainda que está errado o valor relativo à despesa no Ensino Superior português apresentado neste relatório, que não é de 1,6 mil milhões de euros como diz o FMI.
«Foi um trabalho realmente muito apressado e no que respeito ao Ensino Superior não tem qualquer fundamentação técnica», concluiu esta pró-reitora.