Portugal

CNE: Novo mapa das freguesias obriga a «trabalho imenso»

Global Imagens/Paulo Spranger

A Comissão Nacional de Eleições diz que se a resposta dos computadores da DGAI for boa, a reforma das juntas de freguesia não vai causar transtornos nas autárquicas deste ano.

O porta-voz da Comissão Nacional de Eleições, Nuno Godinho de Matos, admite que a reorganização do mapa das freguesias, promulgada quarta-feira por Cavaco Silva, vai obrigar a um trabalho imenso para atualizar os cadernos eleitorais a tempo das próximas eleições autárquicas.

Ontem, Cavaco Silva alertou a Assembleia da República que esta reforma, que cortou cerca de mil freguesias do mapa, não pode pôr em causa o recenseamento para as autárquicas.

Em declarações à TSF, Nuno Godinho de Matos diz que se os computadores da Direção Geral da Admnistração Interna (DGAI) ajudarem não haverá problemas mesmo estando a máquina do Estado perante uma tarefa gigantesca.

«A partir do momento é que se reduz o número de freguesias, altera-se por completo a divisão dos eleitores pelas freguesias existentes no país, obrigando a refazer os cadernos eleitoriais. O trabalho é um trabalho material muito grande, imenso que é feito informaticamente», alerta Godinho de Matos.

«Se os computadores da DGAI tiverem memória para fazer neste espaço de tempo todas as operações necessárias, o problema não é grave», afirma o porta-voz da CNE que explicou ainda à TSF a dificuldade do trabalho que se segue.

Até às eleições autárquicas, a renovação dos cadernos eleitorais tem de ficar concluída para «dar o instrumento necessário às pessoas que estão sentadas nas novas mesas eleitorais».

O Ministério da Administração Interna garante que está a ser preparada a atualização dos sistemas de identificação que suportam a realização de eleições.

O Governo deve marcar as eleições autárquicas para setembro ou outubro deste ano.

Redação