Numa teleconferência, o chefe da missão do FMI em Portugal lembrou a «flexibilidade para avançar com as medidas sugeridas pelo Governo em 2012.
O chefe da missão do FMI em Portugal recusou-se a dizer que medidas é que Governo português tem de tomar caso o Tribunal Constitucional chumbe algumas normas do Orçamento de Estado.
«É importante que todas as medidas sejam constitucionais. Não quero nem posso antecipar o que pode acontecer, apenas posso dizer que é bom que estas medidas possam ser avaliadas pelo Tribunal Constitucional», afirmou Abebe Selassie.
Numa teleconferência a partir de Washington, Selassie lembrou ainda que em 2012 «tivemos flexibilidade para avançar com alternativas sugeridas pelo Governo», medidas que serão analisadas pelo FMI também este ano.
Este economista etíope sublinhou ainda que o relatório do FMI para Portugal apenas dá sugestões e que cabe ao Governo português a escolha do caminho a seguir.
Caso o Executivo decida não fazer o corte dos quatro mil milhões de euros na despesa, Abebe Selassie considerou que não restará outra possibilidade senão aumentar ainda mais os impostos..
«Se a sociedade decidir que a melhor solução é aumentar os impostos tentaremos acomodar isso no programa, mas Portugal já está no limite fiscal», concluiu.