Artes

O western de Tarantino chega aos cinemas nacionais

Cartaz do filme «Django Libertado», de Quentin Tarantino Direitos Reservados

«Django Libertado» estreia esta quinta-feira em Portugal. Quentin Tarantino revisita as memórias cinéfilas e recupera o western (spaguetti) numa história passada nos tempos da escravatura nos Estados Unidos. Está nomeado para cinco Óscares.

Django Freeman é o nome do escravo que se torna um homem livre no primeiro western de Quentin Tarantino. Depois de «Kill Bill» (2003) e «Sacanas Sem Lei» (2009), o realizador quis contar uma página da história da América, num filme que tem dividido opiniões.

Em «Django Libertado», protagonizado por Jamie Foxx, Christoph Waltz, Leonardo DiCaprio, Samuel L. Jackson, Kerry Washington, entre outros, Tarantino é fiel ao seu estilo, num filme cheio de sangue, vingança e humor espirituoso.

O filme conta a história do escravo Django que é libertado pelo caçador de recompensas alemão Dr. King Schultz, que precisa de ajuda para identificar homens procurados. Entre os dois nasce uma parceria e uma amizade quando Schultz decide ajudar Django na busca por sua mulher, a escrava Broomhilda.

«Django Libertado» tem sido recebido entre o entusiasmo e a polémica devido ao tema e à violência. Aliás, o cineasta Spike Lee deixou imediatamente claro que não iria ver o filme por considerá-lo desrespeitoso com seus antepassados.

Quentin Tarantino defende que o filme colocou o tema da escravatura em debate. Quanto às questões sobre a violência, o realizador mostrou o que pensa ao ficar irritado com as perguntas de um jornalista do Channel 4, um canal britânico.

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«Django Libertado» é uma homenagem ao western spaguetti, celebrizado por Sergio Leone, e ao filme «Django» (1966), de Sergio Corbucci. O realizador Peter Bogdanovich, citado pelo New York Times, chamou-lhe «o mais curto longo western desde "Rio Bravo"», o célebre filme de Howard Hawks.

O filme de Quentin Tarantino está nomeado para cinco Óscares da Academia: melhor filme, argumento original, ator secundário (Christoph Waltz), edição de som e melhor fotografia. «Django Libertado» venceu dois Globos de Ouro (melhor ator secundário e melhor argumento).