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Egito: Governo aprova projeto lei para a utilização das Forças Armadas

O Governo egípcio aprovou hoje um projeto-lei que autoriza o presidente Mohamed Morsi a utilizar as Forças Armadas na «preservação» da segurança no país.

De acordo com a agência MENA, o executivo egípcio vai permitir a intervenção das Forças Armadas, sob decreto presidencial, em coordenação com a polícia.

Segundo a agência oficial de notícias do Egito, a nova legislação, que tem de ser ratificada pelo Parlamento, deve manter-se em vigor mesmo após a realização das próximas eleições legislativas e deve ser posta em prática sempre que o Chefe de Estado considerar necessário.

O estado de emergência entrou hoje em vigor em Port Said, Suez e Ismailiya, as três províncias onde se registaram os atos de violência mais graves desde a eleição do presidente Mohamed Morsi, em 2012.

O presidente do Egito apelou ao diálogo entre todas as forças políticas, tendo sugerido, no domingo, a realização de um encontro entre as forças de oposição e o Governo hoje às 16:00.

De acordo com a agência EFE, que cita uma fonte hospitalar da capital do Egito, pelo menos uma pessoa morreu durante os confrontos entre os manifestantes e as forças da ordem na Praça Tharir, no domingo à noite no centro do Cairo.

Trata-se da primeira vítima mortal desde o início dos distúrbios de sexta-feira, dia em que se assinalou o segundo ano sobre o início da revolução que derrubou Hosni Mubarak.

Os confrontos voltaram a registar-se hoje de manhã na capital, sobretudo junto à ponte que dá acesso à Praça Tharir.

Apesar dos apelos do presidente, a oposição convocou para hoje uma marcha de protesto desde a mesquita Sayida Zeinab até ao edifício onde está instalada a Câmara Alta do Parlamento, que assumiu todo o poder legislativo para dissolver a Assembleia.