Na Comissão Parlamentar de Orçamento, Nuno Amado, presidente do maior banco privado português, indicou que 620 trabalhadores saíram após rescisões amigáveis.
Quase mil funcionários abandonaram o BCP em 2012, confirmou o presidente do maior banco privado português, durante uma audição na Comissão Parlamentar de Orçamento.
Segundo Nuno Amado, dos cerca de 970 funcionários que deixaram esta instituição, cerca de 620 saíram através de rescisões amigáveis.
O presidente deste banco adiantou ainda que nas cerca de 600 rescisões amigáveis estão incluídas aquelas que integraram o «programa em que qualquer pessoa que quisesse ter uma alternativa de vida podia falar connosco nas mesmas condições».
Ainda segundo Nuno Amado, as restantes saídas tiveram a ver com «reformas e as saídas naturais, por idade ou por outro tipo de decisão».
Este gestor, que prevê saídas anuais no BCP de 200 a 250 pessoas até ao início de 2017, altura em que termina o plano de apoio público, indicou ainda que o banco entregou ao Estado 250 milhões de euros.
Deste valor, 128 milhões de euros de juros referentes ao empréstimo público para a recapitalização do banco, mais 50 milhões de euros de garantias bancárias e mais dez milhões de tomada firme de capital que não foi preciso.
Nuno Amado adiantou ainda que o BCP pagou mais 33 milhões referentes ao imposto extraordinário sobre ativos, apesar de o banco ter tido prejuízos em 2012.