Política

Louçã, Semedo e Pureza defendem nova corrente para o Bloco

Francisco Louçã, José Manuel Pureza e João Semedo Global Imagens/Steven Governo

Francisco Louçã, João Semedo e José Manuel Pureza defendem o fim das correntes originais do BE e a criação do "Socialismo", uma nova corrente que propõem fundar numa conferência nacional.

É a mais velha questão deste jovem partido: o peso das correntes que fundaram o Bloco de Esquerda (BE) - UDP, PSR e Política XXI - com um percurso que Francisco Louçã, João Semedo e José Manuel Pureza consideram estar «esgotado e encerrado».

Os três bloquistas defendem, por isso, a criação de um novo espaço que supere as correntes originais e chamam-lhe corrente "Socialismo".

Louçã, Semedo e Pureza apontam dois objetivos: «concentrar energias num trabalho comum para a estratégia socialista e aprofundar uma reflexão ideológica empenhada e construtiva».

Para lançar a corrente "Socialismo", prevêm a realização de uma conferência fundadadora em abril, seguida de reuniões anuais para eleger uma «estrutura de coordenação paritária entre homens e mulheres que votará um texto de orientação».

No documento de dez páginas a que a agência Lusa teve acesso, Louçã, Semedo e Pureza sublinham que esta nova plataforma «não substitui, nem se sobrepõe aos organismos eleitos pela convenção», mas fica a dúvida sobre a relação que esta nova estrutura de coordenação da corrente "Socialismo" iria manter, por exemplo, com a mesa nacional - orgão dirigente do Bloco de Esquerda.

O documento é uma segunda versão de um texto finalizado pelos três bloquistas no fim de 2012 e que foi apresentado pela primeira vez aos aderentes do partido há algumas semanas.

O BE foi fundado em 1999 por Francisco Louçã, Luís Fazenda, Miguel Portas e Fernando Rosas e através da aproximação da UDP, do PSR e da Política XXI, três partidos hoje sob a forma de associações políticas e que representam as correntes fundadoras do partido.