Na Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Marinho Pinto disse que esta medida faria com que se acabasse com «muitos dos entraves e atrasos na justiça que hoje há».
O bastonário da Ordem dos Advogados defendeu, esta terça-feira, que os juízes devem poder ser pagos à tarefa, ou seja, em função dos processos despachados e das sentenças proferidas.
No Parlamento, Marinho Pinto recordou que «somos todos humanos» e que a natureza humana se move por dinheiro, daí esta proposta poder revolucionar os tribunais e tornar a justiça mais rápida.
Caso esta proposta fosse acolhida, garante o bastonário da Ordem dos Advogados, «acabavam-se muitos dos entraves e dos atrasos na justiça que hoje há».
Reagindo a estas declarações, o presidente da Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Fernando Negrão, defendeu que a «melhor forma de premiar um magistrado é não premiar aquele que não produz».
Também espantada com estas declarações ficou a bloquista Cecília Honório, porque «nem parecia que fosse este o melhor contexto para dar más ideias ao poder político».
A deputada bloquista perguntou depois a Marinho Pinto se a ideia seria pagar aos magistrados em dinheiro, ao que o bastonário respondeu dizendo que até poderia ser com «cromos, viagens ou bilhetes de futebol», uma afirmação que provocou risos.
«Mas, garanto que o que mais motivará seria aquilo que o faz aspirar pelo fim do mês», acrescentou Marinho Pinto, cuja «visão de pagamento aos magistrados» foi classificada por Fernando Negrão como sendo «neo-liberal».