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Sindicatos não surpreendidos com redução dos prejuízos na CP

O sindicalista José Manuel Oliveira, da Federação de Transportes e Comunicações, lembrou «os aumentos brutais das tarifas nos últimos anos» e a «redução de trabalhadores e salários» na CP.

A Federação de Transportes e Comunicações não ficou surpreendida com a redução dos prejuízos da CP em 23 por cento em 2012, resultados que considera terem sido obtidos à custa dos trabalhadores e dos passageiros.

Em declarações à TSF, o sindicalista José Manuel Oliveira lembrou a «penalização dos utentes com os aumentos brutais das tarifas nestes últimos anos», bem como a «redução de trabalhadores e salários».

«Pelo que sabemos, a CP foi a que aumentou mais as receitas, porque também foi aquele que aumentou mais o preço dos bilhetes», acrescentou este sindicalista, que diz por isso não ter ficado surpreendido com estes resultados.

Contudo, alerta José Manuel Oliveira, «o problema central destas empresas continua por resolver», ou seja, o «forte endividamento e os custos da dívida que isso suporta».

Este sindicalista consideram ainda que as greves que têm sido realizadas na empresa «só demonstram a incapacidade e a incompetência que a administração teve de resolver um problema que pela via da negociação e diálogo» poderia ter sido resolvido.

Na opinião de José Manuel Oliveira, teria sido possível através do diálogo chegar à «paz social na empresa e uma empresa a prestar um serviço melhor e certamente os custos seriam inferiores aqueles que custam a manutenção de um conflito que só existe por falta de vontade de negociação e diálogo na CP».