Os trabalhadores da empresa Transportes Sul do Tejo (TST) decidiram hoje realizar greve aos feriados até final de abril e marcar um novo plenário, com greve, para o início de março, disse fonte da União de Sindicatos de Setúbal.
Os trabalhadores daquela empresa de transporte rodoviário estão a cumprir 24 horas de greve até às 03:00 de sexta-feira.
«Os trabalhadores vão fazer greve aos feriados até abril, o que vai afetar as ligações nos três feriados que existem, e também marcaram um novo plenário, com greve, para março, em princípio no dia 08, que será igual ao que aconteceu hoje», disse o sindicalista.
Luís Leitão referiu que os trabalhadores estão unidos no protesto e que no dia 08 de março, se a empresa «não inverter esta caminho», podem ser marcadas novas formas de luta, como greves parciais.
«Os trabalhadores têm um grande sentimento de revolta, típico de quem está a ser espoliado. Este aumento, de 1,2%, foi decidido unilateralmente e é uma esmola, referiu.
Os trabalhadores exigem o pagamento adequado do trabalho extraordinário e o cumprimento dos descansos compensatórios.
Segundo o sindicalista, os motivos desta greve estão relacionados com as alterações ao código do trabalho, a necessidade de ser cumprido o Acordo de Empresa e os aumentos.
A administração da TST, em comunicado divulgado na quarta-feira, revelou que discorda dos argumentos que estão na base do documento de pré-aviso recebido a 28 de janeiro, apesar de reconhecer que a greve «é um direito de todos os trabalhadores».
«A TST recorda que, em tempos de séria retração económica, os salários dos seus colaboradores foram atualizados, já em 2013, a uma taxa superior à da inflação prevista. A TST tem consciência da conjuntura económica do país e pretende, de uma forma diferenciadora, minorar estas repercussões económicas na sua equipa», refere o documento.